O trabalho tem como objetivo analisar a ação colaborativa desempenhada pelos Bancos Comunitários como agente de desenvolvimento territorial. Partiu-se da análise de um estudo de caso na Amazônia Paraense, especificamente Banco Comunitário Tupinambá (BCT). O Banco foi criado em 2009, na ilha de Mosqueiro e se constitui como o primeiro Banco Comunitário na Amazônia Paraense com objetivo de suporte geração de trabalho e renda a partir da concepção e princípios da economia solidária. Esta alternativa de ação coletiva assume um caráter emancipatório, uma vez que os trabalhadores participam das tomadas de decisão, gerem coletivamente o empreendimento e apropriam-se igualitariamente dos resultados. Desta forma, o empreendimento vem contribuindo para o desenvolvimento da comunidade Baia do Sol. As ações do banco implicam uma nova ordem colaborativa de desenvolvimento com metodologias participativas e de concertação social com articulação e mobilização de diversos atores e recursos da sociedade civil e mercado para atuarem com o Estado e possibilitar o desenvolvimento da comunidade. Especificamente, o trabalho busca examinar as diretrizes para a formalização de ações colaborativas e organização em rede de produtores e consumidores. O estudo revela que as movimentações financeiras efetivadas pelo BCT e os resultados de atividades econômicas deles decorrentes contribuem para o desenvolvimento da comunidade da Baia do Sol, pois estimula novos negócios e trocas econômicas intracomunidade e intercomunidade. Esses negócios advêm de ações colaborativas de parceria entre estado, mercado e sociedade civil tendo como base a criação da moeda social denominada Moqueio. O artigo mostra as potencialidades do Banco Comunitário como agente indutor de geração de trabalho e renda e inclusão social sob a perspectiva da economia solidária. Palavras-chave: economia solidária, desenvolvimento territorial, banco comunitário.
